Seu filho completou 2 anos. Muita coisa mudou desde o nascimento não é? Birras, obediência zero, enfrentamentos… Nada de pânico! Convidamos a consultora familiar Renata Konzen, da Sosseguinho, para nos explicar sobre essa fase conhecida como “terrible two”!
Basta que uma mãe pergunte o que está acontecendo com seu filho de um ano e meio que passou a fazer birras ou parou de obedecer que chovem comentários “terrible twos”, “terrible twos”. Esse é o nome de uma fase pela qual quase toda crianças passa entre 1 ano e meio e 3 anos. Mas, o que é essa fase, por que ela acontece e por que algumas crianças não passam por ela?
Já há algum tempo que esse termo me incomoda um pouco. Eu sei que a fase existe, que as birras aumentam, que as coisas ficam mais bagunçadas mas, será mesmo que essa é uma fase só da criança? O que acontece para que ela fique tão “fora de controle”?
Na verdade, acredito que é uma fase de adaptação da família e, por isso, pode ser complicado, colocá-la nos ombros dos pequenos. Quando se diz que é uma fase da criança, muitos tendem a pensar que a melhor conduta seria aguentar firme e esperar o temporal passar mas, não é, até porque, se você mudar sua conduta, sua casa pode voltar a ter paz.
O que acontece com a criança?
Nessa fase, a criança já desenvolveu coordenação motora suficiente para fazer grande parte das suas atividades e tarefas diárias sozinho. Ele também já é mais “dono” do seu território. Com isso, começa a questionar se os limites ainda valem, o motivo das coisas e porque uns podem umas coisas e outros não (os pais ficam acordados até mais tarde, por exemplo).
Nessa fase, a criança já desenvolveu coordenação motora suficiente para fazer grande parte das suas atividades e tarefas diárias sozinho. Ele também já é mais “dono” do seu território. Com isso, começa a questionar se os limites ainda valem, o motivo das coisas e porque uns podem umas coisas e outros não (os pais ficam acordados até mais tarde, por exemplo).
Nessa idade também a criança já fala mas ainda tem alguma dificuldade, pela imaturidade emocional, de organizar pensamentos, principalmente quando ela quer muito alguma coisa, que a foi negada. Nesses momentos, é absolutamente normal que recorra ao choro, que é a forma de comunicação mais antiga e mais familiar para ela. Daí as crises de “birra” tão temidas dessa idade. Também são comuns mordidas e tapas.
O que acontece com os pais?
A maior parte dos pais atuais foi criado em uma disciplina bastante rígida, onde crianças deveriam limitar-se a obedecer, sob pena de castigos físicos ou não, ao menor sinal de insolência. Então, quando nossos filhos começam a se comportar de forma tão “abominável”, é normal que entremos em pânico! “Filho meu fazendo isso?”, “que vergonha” e assim por diante. Mesmo que você nunca tenha dito uma dessas frases mas, já deve ter pensado alguma coisa assim.
A maior parte dos pais atuais foi criado em uma disciplina bastante rígida, onde crianças deveriam limitar-se a obedecer, sob pena de castigos físicos ou não, ao menor sinal de insolência. Então, quando nossos filhos começam a se comportar de forma tão “abominável”, é normal que entremos em pânico! “Filho meu fazendo isso?”, “que vergonha” e assim por diante. Mesmo que você nunca tenha dito uma dessas frases mas, já deve ter pensado alguma coisa assim.
Embora essa reação seja natural, é interessante a gente se vigiar e racionalizar esses sentimentos. Então seu filho quer saber até onde pode ir? Então ele não consegue se expressar direito? A gente pode ajudar ao invés de reprimir, certo?
O que pode ser feito?
Primeiro, se desfaça dos preconceitos e vergonhas. Não dê muita atenção ao que os outros dizem. Toda criança em algum momento faz birra e isso é parte do desenvolvimento delas.
Primeiro, se desfaça dos preconceitos e vergonhas. Não dê muita atenção ao que os outros dizem. Toda criança em algum momento faz birra e isso é parte do desenvolvimento delas.
Agora vamos a algumas dicas práticas para reduzir as crises:
1. Não faça tudo pelo seu filho. Se quer ajudá-lo, pergunte se pode. Se ele disser que não, aguarde e, na maior parte das vezes, eles tentam um pouco e depois pedem essa ajuda, aceitando ela de bom grado. Quando você pega e faz, está dizendo a ele que não conseguirá sozinho, antes de deixá-lo tentar.
2. Sempre explique em uma ou duas frases o motivo da negativa e ofereça opções. Por exemplo: Mamãe não pode pegar você no colo agora porque está cozinhando e pode queimar você. Você pode brincar um pouquinho aqui do meu lado ou lá na sala e eu já vou pegá-lo.
3. Nunca minta, por menor que a mentira pareça. Se você disse que vai pegar seu filho no colo, depois de terminar de cozinhar, pegue SEMPRE. Se você for tentar “renegociar” o acordo, ele vai aprender que não pode confiar nesses acordos e não vai mais aceitá-los (o que também acontece com adultos, certo?)
4. Sempre mostre que ouviu os chamados. Muitas crianças ficam o tempo todo chamando seus pais: mãe, mãe, mããããããe. Se você não responder que ouviu, como eles vão entender? Então sempre que te chamar, vire-se para a criança e diga que já ouviu que que já vai falar com ela. O efeito é maravilhoso!
5. Sempre ofereça um aviso. Esse é o último desenho, depois vamos para o banho. Ou, vamos começar a guardar os lápis daqui a pouco para ir passear
6. Crie a perspectiva. Poucas coisas são proibidas na vida, certo? Não é legal comer pipoca todos os dias mas, uma vez por semana não vai fazer mal, certo? Então se vai dizer não para seu filho, diga a ele (e depois, cumpra) que poderão fazer aquilo outro dia. A mesma coisa serve para a tarefa de tirá-los do parquinho. Quando começa a confusão, a criança não entende que pode voltar outro dia. Diga isso a ela.
7. Evite que o caldo entorne. Quando seu filho começar a chorar e gritar, identifique e pergunte o que ele quer. Muitas vezes isso já corta a birra porque ele vai parar para pensar no assunto e tentar expressar por outros meios porque você já mostrou interesse no que ele sente.
8. Coloque-se no lugar da criança. Se você estiver tendo uma crise de raiva, alguém gritar com você ou tentar segurá-la(o), vai ajudar ou atrapalhar? Dê espaço para a criança. Coloque-se a disposição para ajudá-la a se acalmar, a fazer outra coisa, etc. Diga que vai aguardar que se acalme para conversarem mas, sem chantagem do tipo”se você não parar de chorar eu não vou falar com você”. De coração aberto mesmo!
Essa fase é de adaptação de toda a dinâmica da família. Não se desespere! Haverão outras. Por volta dos 6 anos a criança passa por outras alterações de comportamento, assim como na adolescência. Os pais que passam por essas transições mais tranquilamente são aqueles que compreendem que o estágio de desenvolvimento da criança ou jovem mudou e que, portanto, precisamos mudar também a forma de lidar com eles. Quanto mais autoritarismo, mais revolta. Isso não significa que não devem haver limites mas, que eles devem ser revistos. Por exemplo, vale a pena acordar 15 minutos mais cedo para deixar seu filho tentar se vestir sozinho, se ele quer fazer isso. Vale a pena oferecer algumas escolhas (entre uma camiseta e outra, por exemplo) para que ele comece a aprender a escolher. Um adulto bem sucedido, sabe pesar as consequências de suas escolhas ao tomá-las mas, só é possível saber escolher, treinando com escolhas pequenas e, aos poucos, cada vez maiores.
2. Sempre explique em uma ou duas frases o motivo da negativa e ofereça opções. Por exemplo: Mamãe não pode pegar você no colo agora porque está cozinhando e pode queimar você. Você pode brincar um pouquinho aqui do meu lado ou lá na sala e eu já vou pegá-lo.
3. Nunca minta, por menor que a mentira pareça. Se você disse que vai pegar seu filho no colo, depois de terminar de cozinhar, pegue SEMPRE. Se você for tentar “renegociar” o acordo, ele vai aprender que não pode confiar nesses acordos e não vai mais aceitá-los (o que também acontece com adultos, certo?)
4. Sempre mostre que ouviu os chamados. Muitas crianças ficam o tempo todo chamando seus pais: mãe, mãe, mããããããe. Se você não responder que ouviu, como eles vão entender? Então sempre que te chamar, vire-se para a criança e diga que já ouviu que que já vai falar com ela. O efeito é maravilhoso!
5. Sempre ofereça um aviso. Esse é o último desenho, depois vamos para o banho. Ou, vamos começar a guardar os lápis daqui a pouco para ir passear
6. Crie a perspectiva. Poucas coisas são proibidas na vida, certo? Não é legal comer pipoca todos os dias mas, uma vez por semana não vai fazer mal, certo? Então se vai dizer não para seu filho, diga a ele (e depois, cumpra) que poderão fazer aquilo outro dia. A mesma coisa serve para a tarefa de tirá-los do parquinho. Quando começa a confusão, a criança não entende que pode voltar outro dia. Diga isso a ela.
7. Evite que o caldo entorne. Quando seu filho começar a chorar e gritar, identifique e pergunte o que ele quer. Muitas vezes isso já corta a birra porque ele vai parar para pensar no assunto e tentar expressar por outros meios porque você já mostrou interesse no que ele sente.
8. Coloque-se no lugar da criança. Se você estiver tendo uma crise de raiva, alguém gritar com você ou tentar segurá-la(o), vai ajudar ou atrapalhar? Dê espaço para a criança. Coloque-se a disposição para ajudá-la a se acalmar, a fazer outra coisa, etc. Diga que vai aguardar que se acalme para conversarem mas, sem chantagem do tipo”se você não parar de chorar eu não vou falar com você”. De coração aberto mesmo!
Essa fase é de adaptação de toda a dinâmica da família. Não se desespere! Haverão outras. Por volta dos 6 anos a criança passa por outras alterações de comportamento, assim como na adolescência. Os pais que passam por essas transições mais tranquilamente são aqueles que compreendem que o estágio de desenvolvimento da criança ou jovem mudou e que, portanto, precisamos mudar também a forma de lidar com eles. Quanto mais autoritarismo, mais revolta. Isso não significa que não devem haver limites mas, que eles devem ser revistos. Por exemplo, vale a pena acordar 15 minutos mais cedo para deixar seu filho tentar se vestir sozinho, se ele quer fazer isso. Vale a pena oferecer algumas escolhas (entre uma camiseta e outra, por exemplo) para que ele comece a aprender a escolher. Um adulto bem sucedido, sabe pesar as consequências de suas escolhas ao tomá-las mas, só é possível saber escolher, treinando com escolhas pequenas e, aos poucos, cada vez maiores.
Vamos transformar os Terrible Twos em Wonderful Twos (maravilhosos dois). É uma das idades mais deliciosas dos nossos filhos. Relaxe um pouco e curta cada descoberta pois ela será única!
Renata Konzen
Consultoria Sosseguinho
consultas: 4063-9118 ou 3114-7117
Créditos: BlogBabyBoom
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